sexta-feira, 19 de novembro de 2010

[TRAD] Porque JYJ é importante para o J-rock

 É assim que o mundo ficará se nos unirmos 8D~ Créditos à Ludi por mandar
a imagem psicopática (ou cassiopática, se preferirem)

Este artigo saiu dia 11 de novembro no site Jrock Vagabond e fala um pouco sobre a jornada de artistas em solo americano e seus eventuais fracassos, e incentiva a todos nós a emprestarmos nossas forças ao JYJ para abrirem mais esta porta à música oriental.

Espero que eles sejam devidamente agradecidos por isso quando conseguirem, ao invés de vir pessoas dizendo que cada artista conseguiu o que conseguiu pelo seu talento apenas...


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Se há um motivo porque os fãs de J-rock devem levar a sério a aventura de JYJ nos Estados Unidos, é porque eles estão a ponto de enfrentar os mesmos obstáculos que as bandas de J-rock estão. Asiático-americanos foram aceitos como atletas, músicos clássicos, políticos e escritores. Embora, até hoje, ninguém foi capaz de chegar aos top 10 nos charts de música. Eles não foram aceitos como estrelas pop.

E definitivamente não é por falta de tentativas.

[Correção: nos últimos meses, o grupo Far East Movement (Movimento do Leste Longínquo) teve um de seus singles, “Like a G6”, em 1º lugar nos charts da Billboard!]

Gerry Woo, uma vez, ganhou um programa chamado Star Search (busca de/por Estrela). Este show serviu como a geração antiga do American Idol. Ele assinou um contrato com uma gravadora e até mesmo lançou um vídeo-clipe. Durante uma performance no infame Apollo Theatre em Nova Iorque, ele conseguiu superar o principal convidado musical da noite. Foi aplaudido de pé pela audiência classicamente antagonista. Embora, de algum jeito, durou pouco. Uma vez que a indústria achou outra novidade, as promoções de Gerry voltaram-se para outro artista e ele sumiu em uma escuridão infeliz.

Coco Lee é vocal e também ex Miss Americana-chinesa. Mesmo que você não se lembre dela, é muito improvável que não se lembre do seu hit "Do You Want my Love? (Você Quer meu Amor?)". Ela também gravou várias faixas para filmes como Mulan, da Disney, e Noiva em Fuga e ainda apresentou em um dos eventos de caridade de Michael Jackson. Porém, o sucesso dela nos EUA nunca rivalizou o em outros países e ela não exatamente lançou-se ao estrelato.

Utada Hikaru é uma super estrela no Japão e ela tentou emergir nos EUA diversas vezes. Ela fez músicas muito populares para a série de video-games Kingdom Hearts e lançou dois álbuns no idioma inglês. Ela é bilíngue porque cresceu nos EUA, o que significa que a barreira cultural para ela é menor - ela não necessariamente precisaria se ajustar ao país como os outros artistas. Mas, de alguma forma, suas promoções estadunidenses não conseguiram lançá-la ao topo dos charts.

De fato, as únicas super estrelas da indústria pop com ascendência asiática são aqueles misturados com outra raça que “já chegou lá”. Asian-nation.org noticiou que “muitos acreditam que os executivos das gravadoras sentem que artistas multi-raciais asiático-americanos são mais ‘aceitáveis culturalmente’ ou ‘vendáveis’ para os consumidores estadunidenses.” Muito embora ninguém é comparável no quesito fama com pessoas como Shakira, Jennifer Lopez ou Rihanna.

Soa familiar? Deveria. Por anos, bandas de J-rock têm tentado escalar até os EUA. Barulho é quase um sobrenome para a geração anterior de Metal Heads, e Dir en Grey firmou-se há muito tempo como uma força a ser considerada no cenário underground. Diversas vezes por ano, bandas entram em turnê por lá e lotam as casas de shows com filas tortuosas, mas nunca parecem conseguir chamar atenção da mídia, exceto por alguma publicação local ou veículos de divulgação com foco asiático. Não há qualquer banda de J-rock sendo tocada regularmente nas grandes estações de rádio ou chegando aos top 10 dos charts. Com a exceção dos poucos fanáticos por música oriental, o público amante de rock, em geral, nem deve saber que essas bandas existem.

Se um ato de música pop asiática for capaz de quebrar as barreiras do cenário musical estadunidense, seria um efeito dominó que ajudaria a todos nós (N.T.: fãs de música asiática, principalmente J-rock). Se você relembrar o momento em que artistas como Shakira e Jennifer Lopez estavam estreando e dominando as paradas, deve se lembrar também que foi no mesmo tempo em que outros cantores de origem latina sofreram o grande BOOM. Todos recordamos os mega hits de Ricky Martin, Enrique Iglesias e Mark Anthony.

JYJ tem muita coisa pesando sobre eles. Já fizeram isso antes. Não faz muito tempo que eles cruzaram o mar em direção ao Japão e tiveram que dar duro para aprender um novo idioma e integrar-se em uma cultura diferente como parte do Tohoshinki. Eles dominara o Japão ao mesmo tempo em que mantiveram-se ativos no país natal. Os integrantes puderam criar muitos laços com os artistas japoneses top. A cantora Ayumi Hamasaki ainda é uma fã ávida. A fanbase que JYJ trás à mesa é, de longe, muito maior e mais poderosa que a de qualquer outro artista que tentou o mesmo até hoje.

Se um artista como JYJ for capaz de passar por cima com sucesso e navegar pelos topos dos charts, isto criará uma grande demanda por artistas asiáticos. Coréia do Sul, Japão e China finalmente teriam as portas abertas para lançar mais atos de pop asiático no mercado americano. A comunidade faminta asiático-americana de hip-hop provavelmente também experimentaria desse efeito e o lado rock da indústria começaria a procurar por suas próprias versões para não ficar fora da moda.

Fãs de J-rock têm que ter consciência que ajudar os artistas a cruzarem o oceano é muito mais complicado do que planejar uma turnê ou lançar um álbum doméstico. É bem mais embutido em mudar o modo como os EUA vêem as habilidades dos artistas asiáticos para competir com os próprios estadunidenses como símbolos sexuais, arrebatadores de prêmios e vendedores de álbuns em massa. Os artistas japoneses têm que se desenterrar da pilha da cultura geek segregada e assumir seus lugares ao lado da minoria que infiltrou a indústria. A propósito, este lugar deveria ser o topo.

Então, como os fãs de J-rock podem ajudar?

Apoiando artistas asiáticos no geral e ampliar seus horizontes musicais. Não apenas coreano, japonês ou chinês. Se shows são agendados na sua região, vá. Não é apenas sobre apoiar um artista, mas o cenário todo. Há chances que você tenha amigos que curtem pop e não se importariam de ir com você. Compre álbuns, se você puder, além dos de J-rock que normalmente compra. Divida artistas como JYJ com seus amigos que gostam de música dance. Eles cantam em inglês, então o idioma não é uma barreira e você tem um plano B para amigos que têm curiosidade, mas não ouvem rock.

Se todos se ajudarem, todos ganharão no fim. Pode chegar um momento em que tudo está tão grande e difundido que não nos basearemos mais apenas na raça do artista. Até este momento chegar, porém, estamos todos juntos nessa.

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Comentário da tradutora:

Ééé galera, até os J-rockeiros estão se curvando ao poder Cassiopéio *risada maligna*

OK, brincadeiras a parte (eu gosto de J-rock também, OK??), achei o artigo interessantíssimo. Fico feliz de ver que há pessoas tão conscientes no fandom de J-rock (que não são exatamente conhecidos por terem mentes abertas, né). Até porque, venhamos e convenhamos, para o J-rock conseguir algo em solo americano, eles teriam que mudar totalmente. Fico só imaginando a cara dos rockeiros americanos vendo um bando de japoneses usando vestidos lolita e cabelos coloridos, parecendo bonecas de porcelana, e dizendo que vão cantar rock... õ_O

Tudo bem, sei que nem todas as bandas são assim. Mas boa parte é e essa é uma imagem bem chocante de início. E americano é preconceituoso. Principalmente os rockeiros mais hardcore. MUITO preconceituoso...!

Enfim, o foco não é J-rock ^^’ Gostaria de ressaltar que isso vale para todos nós fãs de música oriental em qualquer parte do mundo. Temos que nos unir, só assim conseguiremos conquistar algo. Temos que apoiar a música asiática no geral, não somente K-pop ou J-rock, não somente TVXQ/JYJ. Até porque tenho certeza que nenhum de vocês é fã só deles...

Devemos abrir nossos olhos e mentes para todas as possibilidades e deixarmos de ser egoístas. Ficar restrito a apenas uma banda ou um estilo é burrice, este tipo de *frescura* não levará ninguém a lugar nenhum. Há pouco que cada um pode fazer, mas se todos fizermos o pouco que somos capazes, no final isso vira uma força sem precedentes.

Tá, chega de sermão ._.’ Meu recado está dado, espero muito que reflitam sobre o artigo e, se possível, compartilhem-no com as pessoas que você sabe que gostam de música oriental, em fóruns, outros blogs e sites~

Ahh, sim. Tem umas passagens que devem ter ficado confusas... É porque a autora é estadunidense e escreveu em 1ª pessoa. Sempre que possível eu converti os “nosso país”, “nossa música”, etc, para EUA, cenário musical, entre outros, para ficar mais generalizado, mas há trechos que não tinha muito o que fazer =/ Mas o motivo é esse, foi escrito por uma estadunidense e em primeira pessoa.


Créditos: Jrock Vagabond
Divulgação: OneTVXQ.com & DBSKnights
Tradução: Lily-chan
Divulgação final: LótusTVXQ

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